Investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e Ambiente, da Universidade de Lisboa, destacam o potencial inexplorado das bolotas para as economias mediterrânicas.
Tradicionalmente utilizadas na alimentação e medicina, as bolotas estão a ganhar atenção na indústria alimentar, sendo incorporadas em produtos como iogurtes, bebidas vegetais e substitutos do café, devido às suas propriedades antioxidantes. Além disso, a sua aplicação estende-se à cosmética, com produtos hidratantes e regeneradores de pele. O estudo publicado na revista Sustainability enfatiza ainda o contributo das bolotas para a economia circular, abrangendo setores como a indústria têxtil, biocombustíveis, descontaminação de águas e rações sustentáveis para animais. Em Portugal, as áreas de sobreiros e azinheiras produzem anualmente cerca de 437 mil toneladas de bolotas, das quais mais de metade permanece por aproveitar, evidenciando uma oportunidade significativa para a valorização deste recurso.